Não é nada fácil convencer milhares de pessoas que vivem na mesma comunidade, de forma gregária.
Na verdade, é impossível.
De mais a mais, ninguém tem o direito de invadir a mente de outrem com a intenção de incutir nela idéias suas.
Eu mesmo não permito interferência. Digo sempre: “Não termine a minha fala e não bote palavras na minha boca. Não entre na minha mente – ela é privativa! Não pense por mim, sei o que quero!”.
É lógico que tais colocações são próprias de um embate de radicalismo contra radicalismo. Mas é possível assumir uma posição sem agressão. É importante, neste contexto, observar se a formação educacional e cultural foi bem conduzida por seus pais e preceptores.
A partir do momento em que soube do destombamento do Centro Histórico de Miracema, que se deu, ao que parece, sem nenhum estudo científico e sem plebiscito, decidi por expor minha opinião.
Tracei uma estratégia e me disciplinei a executá-la. Resolvi não agredir ninguém, citando nomes e/ou cargos. Para mostrar a minha posição, optei por chamar a atenção com historietas sobre fatos históricos e personagens da “Terrinha”.
A princípio, os textos parecem não ter nada a ver com a causa. Observe-se, entretanto, que, no seu corpo, em algum ponto, existe uma referência ao tripé das palavras-chave que serviram de base às três séries de crônicas. Ao final, um comentário ao estilo de parábola ensejava uma reflexão.
Nada de imposição ou discussão.
Tentei ser sutil nos textos, tratando com polidez o questionamento.
Talvez tenha abusado das metáforas, procurando com elas um eufemismo a mitigar crises com pessoas amigas mas divergentes.
Nesses meses, foram postadas 7 crônicas sobre ‘PARALELEPÍPEDOS”, 7 sobre “TACHÕES” e 7 sobre “OITIS (com associação a CÓXIS)”.
Ao final desses 21 textos, dou por encerrada a minha participação literária e bloguística no movimento, como instituída em forma de série.
Agradeço a todos que me acompanharam e suportaram minhas histórias e parábolas.
Nada obstante a minha volta ao curso normal do blog, estarei atento e pronto a “botar a faca entre os dentes e pular com os “quatro pés” (?) em cima das mesas e “RAMBEAR” pela causa.
Se for preciso, vamos nos ater ao ponto de vista técnico. Também sei falar sob este aspecto.
Obrigado aos que ”são” ou “estão” Miracemenses. Vocês merecem o melhor.
Mais uma vez, apago e choro.
“MIRACEMA ACIMA DE TUDO”