24 de dezembro de 1971 (véspera de natal).
Trinta anos após, a tragédia se repetia. Em 1941, desabava o prédio da Prefeitura (documentado pelo jornal da época), onde é hoje o prédio do Capitão Altivo, pela força da tromba d’água.
Desta vez, a tragédia só não foi maior porque todos estavam acordados para a “Missa do Galo” e para a “Ceia de Natal”.
Às 23h: os “arautos” anunciavam: “Caiu um tromba d’água em Flores”. Às 23:30h.: as águas cobriam os paralelepípedos da rua Direita com um metro de altura. Todos corriam a ajudar. Tanto casas quanto lojas comerciais. 06h.: as águas ainda estavam altas e o povo cansado. Sorte que as ruas eram de paralelepípedos, cuja estrutura permitia maior facilidade de percolação em seu rejuntamento.
Nos dias que se seguiram era comum a desolação: objetos, roupas, máquinas e até os livros dos cartórios expostos ao sol.
Em 1975, já funcionário do BANERJ, tive uma triste missão: reconferir todo o FGTS da agência, desde 1967. Um grande “cabeça-de-camarão” havia utilizado carbono copiativo intercalado nas fichas gráficas, para obtenção do extrato (de amarelo, o papel passou a roxo).
Poderia ter sido pior. Poderia não ter sobrado nem papel. Sorte que as ruas não eram asfaltadas.
É por essas e outras que eu adoro os paralelepípedos. (Ainda vou ter um).
MORAL DA HISTÓRIA (ANTIGA): O Homem marcou o seu território e com ele chorou “pequenininho”.
MORAL DA HISTÓRIA (ATUAL): Captem... miracemenses.
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