Não é preciso apagar a luz
Feche os olhos e tudo bem
Num caleidoscópio sem lógica
Eu quase posso ouvir a tua voz
***
Posso te falar do sonho
Das flores
De como a cidade mudou
***
Enquanto a noite passa por mim
Eu rego o seu jardim
Você já vai voltar
***
VOLTAR DE ONDE EU NÃO FUI?
Talvez nem tanto. Pois eu estava lá!
Com mulher, filhas, netos, futuras netas, genros e ex-genros, amigos, parceiros e psicólogos.
Futuras netas? Não! Não de “barrigada!”. São namoradas dos meus “netinhos mais velhos”.
Não. Elas não apareceram. Nem os netos namorados.
Prometeram de véspera. A mim! E deram “bolo”! Quem diria!
Deixa pra lá! Eu as vejo qualquer dia.
O Herbert estava sensacional!
Muito!
A cadeira não o fazia sentir.
Nem um pouco!
Cantava e cantava. E tocava. E encantava.
E a multidão se enlevava.
E eu ainda mais!
Delírio!
Perdi-me na multidão.
As fotos mais uma vez ficaram desfocadas.
Já me acostumei; e vocês?
Dentre os desconhecidos, os meus conhecidos amantes me abraçam e me beijam.
Regozijo-me mas não perco a excelência do show.
Parei com as andanças e com as fotos.
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