Era uma vez um camponês praiano que vivia a moer.
Moinho de mão. Pequeno. Eficiente.
Moía grãos, raízes, folhas.
Moía até areia.
Moía também palavras e sonhos.
Num desses últimos, encontra um vagalume, que o incentiva a aumentar sua capacidade de moer.
Acata a idéia e constrói um moinho de vento.
Fortes ventos praieiros. Moinho a moer e a moer. Passa a moer mais e mais palavras, as quais protege como um “Dom Quixote”.
Passa a divulgar palavras e ganha alguns adeptos que também distribuíam palavras.
Empolgado, pesquisa antigas histórias que se passavam num reino outrora rico de artífices de palavras musicadas, onde ele já tinha vivido.
E mói mais palavras que achavam-se guardadas na sua cabeça e que faziam referência a esses artistas.
Porém, um deles, que era um menestrel, não gostou da moedura e reagiu.
E quebrou a corrente.
O camponês praiano resolveu voltar ao seu moinho e moer ainda mais suas palavras, até triturá-las bem para que não fossem vistos grumos como os apresentados na cantilena do travesso artífice.
Qualquer semelhança ...???
Bebeto Alvim.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
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E por tudo isso continuará sendo um "Moinho de PAZ"
ResponderExcluirValeu camarada!
ResponderExcluirGostei de seu retorno!
Como na língua Banto a palavra "Atafona" significa o ato de mastigar, triturar e moer, tudo é válido, amigo!
Precisamos afinar nossas ideias e gargantas!
Abraços
Andre Pinto
Parabéns pelo blog!!!
ResponderExcluiraté breve
Muito bom!!
ResponderExcluirVamos trocar umas idéias.
Marcelo Moacir - Produtor da Cia Rubens Barbot Teatro de Dança.
www.alhosbugalhosemarola.blogspot.com
Boa noite.
ResponderExcluirHá muito tempo que o brasileiro sabe fazer isso muito bem. O resultado da moenda fazia sucesso aqui, antes da original chegar.
Um grande abraço.
Maria Auxiliadora (Amapola)
Proprietário de casa no Pq Sto Amaro? Estou com uma cliente interessada na casa do senhor. 9859-5903
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