sábado, 18 de abril de 2009

MIRACEMA PIRADA? NEM PENSAR!


















Surtar em Miracema? Parece impossível, não? Mas ondas estranhas pairavam sobre a  “Terrinha”, trazendo-lhe certa inquietação. Eu a senti na última semana de março, por ocasião da minha visita a propósito dos aniversários da minha mãe e das minhas netas gêmeas e do lançamento do livro “Logradouros de Miracema”.

Ainda um pouco aturdido pelo inusitado efeito negativo, voltei a buscar tratamento natural nos ares de Atafona.

Grande número de pessoas afirma ter encontrado a “cura” ou a “melhora” nessa clínica ao ar livre. Artigos científicos dão conta que as áreas monazíticas possuem radioatividade ambiente, em função da presença de óxido de bório.

Mas eis que:

-De piratas, naufrágios e tesouros do passado a OVNIs a “minerar” a monazita; 

-Do 2º maior delta do mundo, que se sedimenta há mais de 10.000 anos, a forças espirituais positivas, relatadas por sensitivos; 

-Dos manguezais, berço da vida na água, ao “vento nordeste”, suave e constante, 

Tudo parece conspirar para a formação de um dos três melhores climas do mundo.

Passos alternados entre água e areia. O corpo, quase nu, recebe cálidos raios de sol e a brisa rica e refrescante do “nordeste”. “Ouve-se” o silêncio, quebrado apenas pelo piar das aves e o escachoar das águas do mar. Lábios entreabertos em pantomima a Vinícius e a aspirar a delícia do ar. Braços abertos e olhos fechados e a viagem se inicia. Sente-se levitar. Vem o receio de abrir os olhos e despencar das nuvens. À sombra da amendoeira, o “pouso” perfeito é coroado com um pecado: um copo de cerveja (a única química presente) porque “ninguém é de ferro”!

Volto a Miracema, para a festa. Dessa vez, porém, vou me precaver. Deixando de lado a minha apostasia, levarei, do Pontal, um frasco de areia, um de água e outro vazio. Espalhadas no chão, areia e água irão se misturar; pisando na simulação da praia, vou aspirar o ar de Atafona contido no frasco “vazio”. Estarei vacinado.

Com remédio caseiro, digo, praieiro. De Atafona, onde estarei sempre. 

Fotos:

1- O primeiro gordo (que não sou eu e sim o André Xoxô);

2- O "tronco que anda" (lenda a ser contada futuramente);

3- A "cara de pau" (já foi tema de artigo deste blog);

4a e 4b - Duas fotos à sombra da amendoeira (confraria?);

5- O entardecer de Atafona ( lindo, não!);

6- A lua cheia de Atafona (cheia de...?),

7- O segundo gordo (na verdade, o primeiro) sou eu, mais o Sig, Augusto Cuca e o Bom Cabelo.

Em tempo:

Felizes! 

PENHA ? QUE PENHA ?

Lá fui eu a procurar a Penha.
E ela não estava!
Ou estava e eu não a vi?
Deve-se dever (?) à minha incredulidade, talvez.
Destarte, funcionou. Será que sim?
Pois, por certo, a internet está no ar.
Milagre?!
Vou postar.
Com a ajuda de n. Sra. da Penha ou com a minha determinação.
Conto com vocês.
Não liguem para o que eu falo.
Nem para o que escrevo.
Entretanto, são vozes que vêm do coração!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO ?

Energizado por Atafona,
Volto depois do apagão.
Se o computador não for cafona,
Nem a internet dizer não!

Deu " tilte" em quase em tudo.
Vou ali e já volto, pois, pois,
À festa da Penha, em entrudo,
Para escrever logo depois.

PS: Alguns textos estão prontos. Falta alguém me deixar publicá-los.
Tem alguém contra???
Como diz o "atafonense": "Contra N. Sra. da Penha ninguém pode".
Vou lá conferir. Já volto.


segunda-feira, 13 de abril de 2009

ATAFONA É ASSIM





PONTAL

Antônio Roberto Fernandes

Atafona. Fim do mundo.

Final da linha... Pontal.

Atafona, assim é o mundo,

assim é a vida, afinal. 

  

Tudo aquilo que começa

um dia tem que acabar.

Pontal, o tempo não pára

e nem consegue voltar. 
  

Areia branca e macia

sob um céu nem sempre azul.

Pontal, final do caminho

do Paraíba do Sul, 
  

do rio que é tão pequeno

na montanha bandeirante

e vem crescendo e crescendo

e se tornando um gigante 
  

mas hoje, preso em represas,

tão sujo, tão poluído,

seu andar é preguiçoso,

seu canto é mais um gemido. 
  

E nem mesmo onde se lança

na sepultura do mar,

nem mesmo aqui suas águas

podem, enfim, descansar.

  

pois o mar enfurecido,

talvez pelo rio triste,

como um guerreiro a cavalo,

de espada afiada em riste, 

  

pelo galope das ondas,

em golpes destruidores,

avança contra as pequenas

choupanas dos pescadores 
  

como se fossem culpados

do sofrimento do rio.

Pontal que já foi tão cheio.

Pontal agora vazio. 

 

Pontal de tantas ruínas.

Pontal que já não tem porto.

Pontal que já foi tão vivo.

Pontal agora tão morto. 

  

Pontal que escuta o soluço

do rio na madrugada.

Pontal que já teve tudo.

Pontal que não tem mais nada.

  

Pontal da areia macia

sob um céu nem sempre azul.

Pontal, pedaço mais triste

do Paraíba do Sul...

 Foto: José Augusto Vieira

MINHAS MENINAS - ADOTIVAS OU NÃO?

Meninas, meninas!

Tão meninas, tão poderosas,

Tão meninas e tão inteiras!

Amorosas e gentis.

O que procuram?

Acharam ou ainda estão a procurar?

 

Meninas, meninas!

Tão novas, tão inteligentes,

Tão meninas e tão sensitivas!

Permissivas e glamurosas.

O que querem?

Acharam ou ainda estão a procurar?

 

Meninas, meninas!

Tão moçoilas, tão incisivas,

Tão meninas e tão serenas!

Lindas e cativantes.

O que desejam?

Acharam ou ainda estão a procurar?

 

Meninas, meninas!

Tão mulheres, tão deusas

Tão meninas e tão explícitas!

Maduras e cabais.

Por certo, nada mais desejam?

Ou não?


Dedicado a Sandra Valeriote e Angeline Coimbra, ícones do bloguismo (não queria citar este termo), e grandes incentivadoras das minhas incursões. O carinhoso "menina" talvez tenha origem na minha filha mais  - "pera aí" - não é mais velha nos seus trinta e sete aninhos e lembrando uma garotinha - Aline. Parece-me que vocês estão também assim. Eu as amo!